segunda-feira, 3 de março de 2008

Falando de vida

A convivência com as mais variadas espécies de leis, ensinamentos, chavões, educação, critérios, às vezes contrastantes entre certo e errado, religião e posições de defesa; nos obriga a criar em nossos hábitos e pensamentos, máscaras das mais variadas espécies. Máscaras que somos levados a usar no decorrer do cotidiano, acumulando-se umas às outras até esconder completamente o que somos efetivamente.
A aceitação incondicional é o traço mais expressivo do amor verdadeiro e é dessa forma que todo mundo busca ser amado.
Cada pessoa possui uma personalidade que lhe é peculiar. A complexidade do código genético também nos faz diferentes. Por isso, a experiência humana é altamente pessoal e cada um de nós sente a vida de forma única. E por esse motivo, é um ato de amor respeitar a individualidade alheia, aceitando sem interferir, sem direcionar o processo, muitas vezes árduo do outro vir-a-ser.
Os sanatórios estão repletos de pessoas que tiveram suas vidas "estranguladas” pela impossibilidade de serem elas mesmas. O julgamento, o rótulo, o preconceito limitam, inibem o crescimento e “estrangulam” vidas.
Devemos procurar criar sempre a nossa volta, um nível de ameaça zero, de total abertura para que o ser possa, efetivamente, expressar-se com liberdade. Quando permitimos que a outra pessoa se revele, estamos ativando as potencialidades inerentes do ser e contribuindo, concomitantemente, para a formação de uma sociedade mais saudável, mais feliz e mais humana porque tudo acontece a partir de nós mesmos.
Assim como uma semente contém, dentro de si, impulso para se tornar uma árvore, também qualquer ser humano é impelido a tornar-se uma pessoa total, autêntica e feliz.
Podemos ser facilitadores, dentro dessa proposta de vida, para que a vida em toda a sua plenitude se expresse; é somente dar as condições necessárias – deixar ser – é um bom começo. E não se espante se a pessoa mais feliz for você !