segunda-feira, 30 de junho de 2008

Orgulho

“Falemos um pouco sobre o Orgulho, chaga esta que assola a humanidade perturbando corações, lares, relacionamentos, parcerias etc... Fomos criados por Deus a sua semelhança para perfeição, portanto, o mal não nos foi designado ou imposto, somente equivocadamente nos iludimos imaginando ser o caminho mais simples. Muitas vezes, mesmo sem o saber enveredamos pelos caminhos mais curtos e destruidores, e acabamos por adquirir dividas com a divindade por escolhas mais fáceis e menos penosas em detrimento de outrem.É desta forma que o orgulho infiltrado em nós, fica camuflado e escondido, somos taxativos em dizer que o mal não existe, não pertence a nós, não somos assim, justamente por assim ser é que por medo de o acharmos se coloca na defensiva e se esconde fazendo-nos muitas vezes passar por situações de ridículo. Este orgulho mascarado aparece quando estamos sem vigilância e dissimuladamente atua perversamente fazendo-nos a tomar atitudes grotescas e impensadas. Mais adiante, quando mais calmos nossa consciência volta a ser dona do nosso eu espírito, então nos arrependemos, infelizmente muitas vezes tarde demais. Contudo, displicentemente o tal orgulho que disfarçado está nos fazendo pensar que somos os melhores e mais corretos e o outro é que está errado e equivocado acaba por fazer estragos em nossos relacionamentos sejam eles de que ordem for. Até que um dia alguém ou alguma leitura nos puxe a atenção fazendo-nos enxergar a terrível discrepância cometida por nós. Enfim, há um despertar para a espiritualidade e é neste momento oportuno que devemos colocar nossa energia e com atenção passar a ter uma cobrança diária de atitudes certas e quando vermos uma pequena parcela que seja de possibilidade de erro, termos a humildade de consertar o estrago, pois assim teremos o policiamento de procurar mais acertos do que erros. Quando começarmos a entender as nuances que existe em nossas vidas, o peso do fardo fica menor. A dor é menor por saber que estávamos errados. São estes questionamentos que devem constar em nossas noites ante o sono. Façamos de nossos dias oportunidades de melhorias, nos cobrando, nos policiando e não como misantropos que têm aversão à sociedade e a filantropia. Expurguemos sentimentos negativos de orgulho, indispensável é pedir desculpas por atos impensados, saber sorrir, falar amorosamente, saber desviar do caminho incerto para o certo através do aprendizado espiritual. Sejamos simples para pedir ajuda, saibamos perdoar mais aquele que errou ou não. Cultivemos o bom pensamento positivo, ressaltando virtudes em todos que relacionamos. A humildade caminha junto com o sucesso continuo e não com o momentâneo, se almejamos tal sucesso estejamos aptos às mudanças que nos trarão a pura felicidade vivenciando o amor.”

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Sem fé ou esperança

Mais triste que castelo abandonado, em ruína, destroçando-se pela ação do tempo, é a pessoa que caminha pela vida sem fé e esperança, sem amor ou qualquer outro sentimento que possa lembrar um pouco do Cristo, porque ela não sente a beleza da vida, em primeiro lugar, e a grandiosidade de uma existência consagrada à prática da caridade, do amor, da fraternidade, em segundo. Por que as crianças estão sempre sorrindo, alegres, como vivendo o festival de luz e beleza? Apenas porque elas vivem puras e aproveitando os raios do sol e o colorido que enxergam.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Natureza


Agredida brutal e impiedosamente, a natureza está debilitada. O ser humano não conseguiu isso em um dia, semana, mês ou ano, mas através dos tempos. As conseqüências são más e não havendo uma tomada de consciência nada poderá melhorar. Assim é com o espírito. O ser humano que o agride através das palavras e dos atos, da ganância desenfreada, da maledicência, de falta de caridade, principalmente, o conduz para regiões trevosas e sua vida ficará em dificuldades, com encargos pesados e penosos. Aja o ser humano diferentemente e o reequilíbrio da natureza e o do espírito estarão presentes.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Humildade


A humildade é como o ar: cabe em todos os lugares e serve para todos os seres humanos, desde os soberanos aos párias.

A humildade nos soberanos ainda os torna maiores, em tais dimensões que só os sábios alcançam; a prepotência que um pária possa ter - e quantos existem destituídos de qualquer virtude, mas ostentam vaidade fútil e idiota - o leva ao ridículo perante os olhos de seus semelhantes, pois o vaidoso, transformado, passa a ser títere, boneco de engonço, melancolicamente vazio.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Sinceridade

A palavra sincero é derivada de “sine-cera” (sem cera). E, grego, “eili-krinés”, de eile (calor ou fulgor solar) e krinés (testado). Literalmente: testado pelo Sol.
Os antigos gregos e romanos fabricavam vasos de cerâmica e porcelana finíssima. Mas alguns vasos rachavam ao calor do forno. Mercadores desonestos tapavam as rachas com cera branca, invisível, da cor do vaso.
Somente quando expostos ao calor do Sol, no mercado, o vaso revelava ser remendado com cera. Por isto os mercadores honestos marcavam os seus produtos com a palavra “sine cera” (sem cera), em grego “eilikrinés” (à prova de sol).
Daí, sincero; o que não foi falsificado. (H. Rohden).
É preferível a gentileza externa do que a grosseria. Mas o que é superficial não é sincero. A sinceridade é também conosco mesmo, interna. A sinceridade exige um passo a mais: a observação dos nossos pensamentos, das nossas emoções, dos nossos impulsos à Luz da nossa Consciência crística, assim, eles revelam suas rachadura ou integridade.
Um íntimo fingido é impecilho à felicidade, que depende de harmonioso relacionamento com Deus e com o nosso próximo.
A hipocrisia, a insinceridade, é sinal de fraqueza e imaturidade espiritual. A alma madura emprega, ante a malícia do mundo, a prudência.
Placebo de coragem
O marajá refletiu tristemente sobre a covardia que notava em seu filho único, adolescente, herdeiro do trono. Como poderia infundir-lhe decisão e coragem, para que vencesse as provas dos príncipes, que teria de enfrentar dali a dois anos? E como poderia impor-se como futuro marajá?
Mandou chamar um grande sábio e consultou-o. O erudito ancião conversou com o príncipe e deu-lhe um misterioso talismã que o livraria de todos os riscos de vida.
Dali por diante o rapaz foi cobrando coragem e chegou a surpreender o próprio pai com suas demonstrações de arrojo.
Quando o moço atingiu dezoito anos, participou do famoso torneio dos príncipes. Era uma semana de provas diversas, para testar as qualidades dos nobres que seriam recebidos como adultos. O príncipe se distinguia em tudo.
Outro príncipe, invejoso, descobrindo que ele tinha um talismã, roubou-o à noite, tirando-lho enquanto dormia. De madrugada o acampamento foi invadido por um grande tigre.
O príncipe foi acordado com os gritos e, investindo com uma lança, matou a fera de um golpe! Só depois notou que estava sem o talismã, mas continuou o torneio com o mesmo denodo e destreza.
Terminado o torneio ele foi inquirir o sábio e este, sorrindo, lhe respondeu: “Era apenas para despertar o que você ignorava possuir”.
E você, leitor, ainda precisa de talismã?

terça-feira, 17 de junho de 2008

A Bagagem

Quando sua vida começa, você tem apenas uma mala pequenina de mão. À medida em que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho. Você pensa que elas são importantes. Em um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável carregar tantas coisas. Pesa demais!
Então você pode escolher: Ficar sentado à beira do caminho, esperando que alguém o ajude, o que é muito difícil porque todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem. E você poderá ficar a vida inteira esperando ou você pode aliviar o peso, esvaziando a mala. Mas, o que tirar?
Comece tirando tudo para fora, e vendo o que tem dentro: amizade e amor.
Nossa!!! Tem bastante... E não pesa nada!!!
Mas tem algo pesado. Você faz força para tirar. É a Raiva - como ela pesa!!!
Aí você começa a tirar, tirar e aparecem a Incompreensão, o Medo, o Pessimismo. Nesse momento, o Desânimo quase te puxa pra dentro da mala mas você puxa-o para fora com toda a força, e aparece um Sorriso que estava sufocado no fundo da sua bagagem. Pula para fora outro sorriso e mais outro, e aí sai a Felicidade. Você coloca as mãos dentro da mala de novo e tira pra fora a Tristeza. Agora, você vai ter que procurar a Paciência dentro da mala, pois vai precisar bastante.
Procure então o restante: entusiasmo, esperança, coragem, força, equilíbrio, tolerância, responsabilidade, fé, bom humor. Tire a Preocupação, também, e deixe de lado. Depois você pensa o que fazer com ela. Então... Sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo! Mas pense bem no que vai colocar lá dentro!!!
Agora é com você. E não se esqueça de fazer isso mais vezes, pois o caminho é muito, muito longo, mas você poderá caminhar pela vida em paz... É só escolher o que levar na bagagem.

sábado, 14 de junho de 2008

Ninguém sabe

Ninguém conhece, exatamente, o sabor da uva que ainda está na videira. Todos, porém, sabem que ela pode ser transformada no mais delicioso vinho, de sabor gostoso, mas que, também, depois, poderá virar vinagre amargo. Assim é com a criança. Ninguém sabe, realmente, em que tipo de pessoa se transformará o menino de hoje. Não é por isso, contudo, que se deva deixar de orientar a criança e tudo fazer para ensinar-lhe o caminho de hoje que dificultam a tarefa. Afinal, o limiar do terceiro milênio desponta no horizonte e quem olhar pela criança mostra que tem o pensamento ligado a Deus.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Se olhares...


Se olhares para o retrato do Cristo e a serenidade, paz e amor que Ele revela não te contaminarem é sinal de que teu espírito está precisando de limpeza, teu coração de calor e tua inteligência de maior cuidado. Se olhares para o rosto do Mestre, alguns segundos, com fé e confiança, levarás para dentro de ti tesouros que jamais imaginastes, e tantos, que poderás inclusive distribuí-los aos teus semelhantes.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Carta ao futuro


Meu amigo:
Escrevo-te para daqui a um século, cinco séculos, para daqui a mil anos... É quase certo que esta carta te não chegará às mãos ou que, chegando, a não lerás. Pouco importa. Escrevo pelo prazer de comunicar. Mas se sempre estimei a epistolografia, é porque é ela a forma de comunicação mais direta que suporta uma larga margem de silêncio; porque ela é a forma mais completa de diálogo que não anula inteiramente o monólogo. Além disso, seduz-me o halo de aventura que rodeia uma carta: papel de ocasião, redigido numa hora intervalar, um vento de acaso o leva pelos caminhos, o perde ou não aí, o atira ao cesto dos papéis e do olvido, ou o guarda entre os sinais da memória. Por sobretudo, porém, agrada-me falar desde o centro deste Inverno e desta cidade mortal que me cercam. Ouço as vozes subterrâneas à alegria mecânica, aos passos cronometrados, à azáfama de nervo e esquecimento que adivinho ao longe, numa metrópole-síntese construída em arame e cimento, e é bom que essas vozes ressoem na minha boca.

(Vergílio Ferreira, Carta ao Futuro)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Vida religiosa

A vida religiosa abre a pessoa para um ser transcendente, sem o qual ela não ultrapassaria os contornos da vida terrena. Sem Deus, a pessoa se tornaria apequenada. Quem vive conscientemente esta verdade tem uma vida religiosa explícita. Quem vive inconscientemente segundo esta verdade tem uma vida religiosa implícita. Os primeiros não são necessariamente melhores do que os segundos. Eles têm apenas uma motivação mais consciente. Há santas pessoas que não acreditam em Deus.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Meditação

Por mais trabalhosa que seja a vida, será que uma pessoa não encontrará cinco minutos para meditar e compreender que, na Terra, todos caminham numa só direção? Que esse caminho ninguém sabe se é curto ou prolongado? Que a morte não marca tempo para chegar? Estará, pois, aquele que pensa somente em si próprio, o que apenas deseja comer e beber bem, mostrar seu poder econômico, certo nessa caminhada? A reflexão se faz necessária. Uns minutos de meditação, uns instantes em que a pessoa se auto-analisa serão suficientes para esclarecê-la.