sábado, 1 de janeiro de 2011

Termômetro do planeta tem aumento de mais de 0,5 ºC


Temperatura supera média dos últimos 131 anos, segundo especialistas.
Se as bruscas mudanças climáticas, inesperados desequilíbrios ambientais e outros sinais da natureza deixam claro que o meio ambiente emite um alerta, os termômetros podem ajudar a identificar os sinais.
Segundo o Centro Nacional de Dados Climáticos dos Estados Unidos, os nove primeiros meses de 2010 registraram um aumento de 0,67 ºC na temperatura média para o período. Esse “calor” supera o padrão climático dos últimos 131 anos.
Situação semelhante de aquecimento já havia acontecido em 1998. Os especialistas aguardam agora os próximos resultados para ver se 2010 ultrapassa 2005, considerado o ano mais quente desse período.
A previsão é de que o quadro se agrave em um futuro próximo, com efeitos que já poderão ser notados daqui a 20 anos (2030). As secas devem atingir diversas regiões do planeta e, ainda no final deste século, é possível que esse fenômeno mude as paisagens na América Latina, no oeste norte-americano, no sul da Europa e no norte do continente africano.
Dados do Índice Palmer de Severidade de Seca, indicador conhecido pela sigla PDSI, apontam que essas áreas podem alcançar índices que variam entre -15 e -20, valor considerado preocupante, tendo em vista que na seca mais intensa dos últimos anos, registrada na África Ocidental na década de 1970, o PDSI não passou de -4.
Pelo mundo, há cidades que correm risco de desaparecer. Segundo a Forbes, desertificação, erosão e aumento do nível do mar são as conseqüências do aquecimento, e podem varrer do mapa as seguintes cidades até 2100: Veneza (Itália), Banjul (Gâmbia), Timbuktu (Mali), Cidade do México (México), No caso brasileiro, os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e a região Nordeste são os mais afetados pelo chamado processo de desertificação.