... e assim vi passar meu tempo
o tempo que eu tinha prá viver
me enganando, acreditando
meu coração tão bobo sorria feliz
a cada dia se esmerava em mimos
só para agradar, a quem jamais
teria a sensibilidade para ver
sentir meu interior já cansado
pelos desenganos que a vida me dera ...
Na solidão que vivia, esperava,
ansiosa, bobagem a minha
triste amadurecimento precoce
não me deixava ver a realidade
a cegueira em que me envolvera
até que um dia despertei
e meus olhos percorreram
na neblina que escondia meus dias
num passado falso e enganador
e meu interior foi questionado
cobrado e injustamente acusado ...
Já não tinha mais o que tirar
vazia de mim mesma aceitei o meu destino
precisava sumir viver outro mundo
sem esperas, ilusões, decepções
camuflada, me vesti de sombras
assim passaria despercebida
sem sonhos, ilusões
uma outra ficara no passado ...
Um comentário:
Obrigada por postar um dos meus textos poéticos.
Cel (Cecília Carvalho)
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