Como a água flui em direção ao oceano, como o vapor se ergue em direção ao céu, como o Sol é quente e a Lua é fria, assim é a liberdade para um ser autêntico. Portanto, se mantivermos a consciência tranqüila auxiliaremos melhor nossos semelhantes, quanto pudermos e sempre que possível. A caridade é o processo de somar alegrias, diminuir males, multiplicar esperanças e dividir a felicidade para que na Terra se realize a condição do esperado Reino.
A liberdade é uma conquista. Uma conquista diária, à custa de cada ato, de cada ação, de cada pensamento. A liberdade de decisão é a única coisa que nos diferencia dos animais. O ser humano é quem dirige sua própria vida, é ele quem age, é ele quem decide sobre si mesmo.
Todo ser, dotado de razão, tem que encontrar seu próprio caminho para justificar a sua própria racionalidade. Por isso devemos manter razoável distância para que cada um decida por si, com inteira liberdade.
É claro, podemos dividir com os outros as tensões e cargas emocionais que os impedem de decidir tranqüilamente. O ser humano não precisa do outro para decidir. A decisão sempre foi assunto pessoal. Sob tensão, o ser humano precisa do outro, mas precisa como um “pára-raio”, que canaliza a agitação para harmonia, não de alguém que decida por ele. Cada ser humano sabe o que é melhor para si. Não necessita de conselhos, nem de opiniões, necessita de alguém, que calado ouça, que discreto cale, que amoroso não se escandalize. Por isso:
Não dê conselhos.
Não opine sobre o outro.
Simplesmente, ouça.
Não crie dependência.
Seja discreto no relacionamento.
Dê amizade e,
Finalmente: Não se julgue “mais”, por ouvir alguém. Talvez o melhor seja ele, o outro.