Nós, seres humanos, somos um projeto, um “vir a ser”. Isso quer dizer que trazemos em nós a semente da transformação. A mudança é natural, faz parte do nosso processo vital.
Ocorre que, a nossa cultura, supervaloriza a permanência, o apego, a acomodação. E isso não é difícil de entender, pois, somos inseguros. Sentimos muito medo das perdas, dos fracassos, do inesperado. Sentimos medo do amanhã.
Acontece que a vida, por sua própria natureza, é arriscada. A cada mudança que procedemos, precisamos nos responsabilizar pela possibilidade de errar. O desenvolvimento humano não pode ocorrer, sem assumirmos o risco do erro. Errar é até bonito, é humano, é crescimento, desde que traga aprendizado e experiência.
É preciso, além de tudo, que a gente saiba enumerar as mudanças que pretendemos, no exato momento. E essas são as respostas que ao autoconhecimento nos possibilita. Quais são minhas prioridades? Em que sentido minhas escolhas têm contribuído para minha felicidade? Estou desenvolvendo todos os meus talentos e potenciais? Há algum ofício que eu gostaria de aprender a realizar? Como estão meus relacionamentos interpessoais? A minha profissão me realiza enquanto pessoa?
Assim, é preciso delimitar as nossas possibilidades diante da mudança. Não podemos mudar o mundo, as pessoas, as condições externas. Mas podemos nos transformar enquanto pessoas. Podemos transformar a nossa postura diante da vida e das situações, e isso é um grande passo! Trata-se da nossa evolução no sentido do crescimento, da plenitude, da realização vital.
Enfim, a abertura para a mudança significa que aprendemos a compreender o verdadeiro sentido da nossa liberdade. Significa que assumimos a responsabilidade pela construção da nossa vida, que se inicia, novamente, a cada dia.